A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias mais revolucionárias e influentes do nosso tempo, mas também uma das mais mal compreendidas e controversas. Muitas pessoas têm medo, dúvidas ou ideias erradas sobre o que é a IA, como funciona e como afeta as nossas vidas. Para esclarecer alguns destes mitos, a Microsoft publicou dois artigos, nos quais te convida a descobrir a verdade sobre a IA e a explorar novas formas criativas de a usar para resolver os teus problemas.
Mito 1: A IA vai eliminar empregos
Este é um dos mitos mais comuns e assustadores sobre a IA, mas também um dos mais infundados. A verdade é que a IA vai transformar a natureza de alguns empregos, mas também vai criar novas oportunidades para as pessoas se dedicarem a tarefas mais significativas e criativas.
A IA não vem substituir os humanos, mas sim complementar as suas capacidades e libertá-los de trabalhos repetitivos e aborrecidos. Por exemplo, na área da Criatividade, muitas agências usam a IA para serem mais inovadoras e eficientes na resposta aos pedidos e desafios dos seus clientes.
Mito 2: A IA é apenas para quem trabalha em tecnologia
Este mito é baseado na falsa ideia de que a IA é algo complexo e inacessível, que só pode ser usado por especialistas em tecnologia.
Na realidade, a maioria das pessoas já usa a IA no seu dia-a-dia, muitas vezes sem se dar conta. Se usas um motor de busca, como o Bing ou o Google, se recebes recomendações de produtos quando fazes compras online, se usas serviços de GPS no teu telemóvel ou se escreves um email com texto preditivo, estás a usar IA. A IA está presente em muitas áreas e atividades, não só na tecnologia, mas também na saúde, na educação, na arte, na cultura e muito mais.
Um exemplo inspirador é o de Kajoli Tankha, mãe de um menino que sofre de transtornos do espectro autista. Kajoli usa a IA para criar histórias que ajudam o seu filho a lidar melhor com situações complexas do dia-a-dia.
Mito 3: A IA é uma só tecnologia
Este mito é fruto da confusão entre o conceito de IA e as suas aplicações práticas. A IA não é uma tecnologia única, mas sim um conjunto de diferentes tecnologias que podem ser usadas para diferentes fins e contextos. Algumas das tecnologias que fazem parte da IA são o processamento de linguagem natural, a visão computacional, a aprendizagem de máquina, os sistemas de recomendação, os agentes inteligentes, entre outras. Estas tecnologias podem ser encontradas em diversas utilizações quotidianas, como motores de busca, aplicações de correio eletrónico ou dispositivos de monitorização de saúde.
Um exemplo interessante é o de Karmel Allison, Technical Advisor for Microsoft Chief Technology Officer, que usa um dispositivo de monitorização contínua da glicose que usa IA para controlar a diabetes.
“Precisamos de conhecer quais são as melhores ferramentas de IA para o que queremos fazer. Desde sempre que consultamos certos especialistas para as nossas diferentes necessidades: um médico, um cabeleireiro ou um explicador. Ao escolher as ferramentas certas, podemos ter a certeza de que estamos a utilizar a IA mais fiável e especializada para cada tarefa.”
Mito 4: A IA é inerentemente tendenciosa e deve ser evitada
Este mito é baseado na preocupação legítima de que a IA possa refletir ou amplificar os preconceitos e as desigualdades existentes na sociedade. É verdade que a IA pode ser tendenciosa, se os modelos linguísticos forem treinados com base em opiniões da Internet, se os dados usados para construir os modelos refletirem preconceitos sociais ou se os programadores que criam os produtos tiverem crenças preconcebidas.
No entanto, isto não significa que a IA deva ser evitada, mas sim que deva ser usada de forma responsável, ética e transparente. Para isso, é preciso dar às pessoas as ferramentas para que usem esta tecnologia de forma informada, que conheçam a forma como estes sistemas são construídos e compreendam os princípios e valores das empresas que os constroem. É também importante que os programadores desenvolvam os sistemas de IA tendo por base conjuntos de dados diversificados e representativos e utilizem algoritmos justos e imparciais.