Destiny 2: Forsaken tem um grande foco na narrativa, com uma história completa e intrigante, cheia de surpresas e novas personagens que vais querer descobrir. Por este motivo, não vamos revelar muito sobre o jogo, embora existam pequenos detalhes que achamos absolutamente indispensáveis e que teremos de descrever nesta análise. Vamos a isso?
Forsaken é a mais recente adição à série Destiny, que recebeu o primeiro jogo em 2014 para as consolas PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, e Xbox One, destacando-se principalmente por ser um FPS online com alguns elementos RPG. Este lançamento marcou o inicio da franquia Destiny da Bungie, depois do enorme sucesso na criação da série Halo em 2001, e foi conseguido através de uma parceria com a Activision/Blizzard. Destiny foi um dos jogos mais populares nas consolas, o que levou ao lançamento de várias expansões e DLCs. Em 2017 a Bungie apresentou a sequela Destiny 2, com suporte para PlayStation 4, Xbox One, e desta vez também para o PC.
Destiny 2 inclui várias temporadas, que geralmente adicionam novos capítulos à história, novos mapas, armas, armaduras e itens. No inicio de cada temporada, a progressão dos clãs é reiniciada. Isto significa que todos os clãs começam do zero, um mecanismo destinado a dar oportunidade a novos clãs de enfrentarem os clãs mais antigos e experientes.
A primeira temporada teve inicio no dia 6 de setembro de 2017, com o lançamento de Destiny 2. A campanha principal de Destiny 2 é focada na luta da humanidade contra a força invasora Red Legion e o seu líder Ghaul. A segunda temporada começou com o lançamento da primeira expansão de Destiny 2, Curse of Osiris no dia 5 de dezembro de 2017, e além de introduzir novos itens, veio acrescentar também mais capítulos à história do jogo, com um enredo focado principalmente na relação entre Osíris e o seu discípulo, Ikora Rey. A terceira temporada começou no dia 8 de maio de 2018, com o lançamento de Warmind, a segunda expansão de Destiny 2 e introduz uma história totalmente nova da guardiã Anastasia Bray e o mapa Mars (Marte). O lançamento de Forsaken, no passado dia 4 de setembro de 2018, marcou o começo da quarta temporada de Destiny 2, uma das mais esperadas de sempre.
FORSAKEN
Forsaken traz a Destiny 2 muito mais conteúdo do que as expansões anteriores, com um novo Hub, pensado para os jogadores que estão numa fase mais avançada da história, novos Supers (habilidades), 4 novos Strikes (1 exclusivo PS4), alterações na jogabilidade, Raids (batalhas de grupo), uma campanha totalmente nova e também o novo modo de jogo Gambit, que combina PVP e PVE.
Para jogar Forsaken é necessário teres instaladas as expansões anteriores, e uma personagem evoluída, para não comprometer as exigências da nova expansão. No entanto, se estás ansioso por experimentar a nova campanha de Forsaken, podes utilizar um character boost (disponível na versão Digital Deluxe), que permite elevar uma personagem até ao nível 30 e assim iniciares imediatamente a campanha de Forsaken. Este é um detalhe interessante e que apreciamos, principalmente porque nos permitiu criar uma nova personagem com uma classe diferente que nunca tínhamos jogado e ainda assim podermos imediatamente experimentar a nova campanha.
No entanto, é importante frisar que o nível 30 já não é o nível máximo atingível. Com a introdução de Forsaken, é agora possível chegar ao nível 50 de experiência e 600 de poder (utilizando itens de alto nível), uma alteração que acreditamos fazer aumentar a longevidade do jogo e serve como um novo atrativo para os jogadores que já tinham deixado o Destiny 2.
CAMPANHA
A primeira missão de Destiny 2: Forsaken levou-nos até à Prison of Elders, um ambiente já conhecido do primeiro Destiny e referido na expansão Warmind. Como seria de esperar pelos Trailers, a narrativa inicial gira em torno de Cayde-6, uma personagem importante na história de Destiny 2, e o Vanguard para a classe Hunter. É em Prison of Elders que encontramos os Scorn, uma fação que integra alguns dos indivíduos mais perigosos do universo de Destiny. O nosso Hunter Gunslinger de nível 30 aventurou-se entre caminhos sinuosos e perigosas vagas de inimigos que insistiam em dificultar-nos a vida. Ao organizar os itens da nossa personagem tivemos a nossa primeira experiência com o novo sistema de slots que foi introduzido um pouco antes da chegada desta quarta temporada. Esta alteração veio permitir combinações de armas anteriormente impossíveis ao retirar quase todas as restrições, algo que nos parece uma mudança positiva.
Já no final da missão, e depois de enfrentar sozinho vários inimigos, Cayde-6 acaba por morrer. Este é o inicio do resto da história, que nos leva a explorar a região de Tangled Shore, através de um conjunto de missões para vingar a morte do Vanguard Cayde-6. Não vamos revelar mais detalhes da história, mas podemos adiantar que é mais sombria que as anteriores, embora continue a incluir alguns momentos de humor.
Tratando-se de uma continuação das temporadas anteriores de Destiny 2, não esperávamos um novo grafismo. No entanto, a atenção dada aos ambientes foi enorme, com níveis repletos de detalhes visuais, de inspiração futurista, que parecem superar o que já tínhamos visto. Por vezes os itens adicionados nos jogos mais tarde parecem não fazer sentido, muitas vezes distantes na funcionalidade, como no design, mas isso não acontece nos novos elementos que Forsaken introduz. Também fora do modo campanha, os visuais impressionaram, com a adição do novo mapa Tangled Shore e do novo Hub de Dreaming City.
Tangled Shore é um conjunto de asteroides que serve de base aos Scorn, e é palco de grande parte da nova história. O desenho do mapa está muito bem conseguido, com loots e inimigos ao virar de cada esquina. Esta é também a maior localização de sempre do universo de Destiny 2, com novos pontos de interesse para explorar sempre que nos aventuramos pelo interior do mapa.
Dreaming City é a terra natal dos Reefborn Awoken e palco de muitas atividades para realizar depois de terminar a campanha. Esta cidade só é acessível ao completar toda a campanha de Forsaken e entre outras coisas dará acesso ao Raid The Last Wish, do qual ainda conhecemos poucos detalhes além da data de inicio (14 de setembro). É provavelmente um dos locais mais bonitos para explorar e uma ótima adição, principalmente no ponto de vista da longevidade do jogo.
GAMBIT
Um dos destaques de Destiny 2: Forsaken é a introdução do novo modo Co-op Gambit. Neste modo são formadas duas equipas equilibradas de 4 jogadores, cada uma com o seu mapa de jogo, onde terão de derrotar vagas de inimigos NPC, enquanto tentam recolher o maior número possível de Motes (pequenos itens brancos em forma de pirâmide que são libertados pelos NPCs após a sua morte). Sendo um modo à partida puramente PVE, as coisas complicam-se quando um jogador da equipa inimiga é aleatoriamente selecionado e introduzido no nosso mapa. Como um invasor, é capaz de matar os jogadores da equipa inimiga e interromper a sua organização. Quando uma equipa tiver um determinado numero de Motes, pode invocar o “Primeval” Boss, que quando derrotado dá a vitoria na partida.
Quisemos experimentar um pouco da ação PVE e PVP deste modo com o nosso Hunter, entretanto nível 31, e com a subclasse de Arcstrider. As classes e subclasses são extremamente importantes em Destiny 2, e a subclasse Arcstrider tem como característica recuperar a vida com certos ataques corpo a corpo, o que nos pareceu a escolha ideal para elevar o nosso potencial de sobrevivência. Apesar de simples, o modo Gambit é extremamente divertido, e permite viver a adrenalina do PVP com a emoção do PVE, especialmente quando vestimos a pele do invasor e espalhamos o caos na equipa contrária. A nossa equipa acabou por vencer a partida, ao recolher mais Motes que os adversários e derrotar o Boss final.
MUDANÇAS JOGABILIDADE
O modo Crucible não é novo no Destiny 2, mas o único modo inteiramente PVP do jogo também ganhou com a chegada de Forsaken. Além de se notar um maior número de jogadores ativos, as alterações nas slots de armas mudaram os estilos de jogo durante as partidas, e a subida do nível máximo das personagens deu uma nova razão para muitos jogadores regressarem.
Forsaken, além de introduzir novas armas e armaduras, alterou também o modo como estas podem ser obtidas e personalizadas. O sistema de Random Rolls regressa do primeiro Destiny, e permite que as armas tenham até 3 características aleatórias, quando são encontradas no jogo. Estas características vão variar de arma para arma, tornando-as mais ou menos valiosas e cobiçadas.
VEREDITO
Até agora estamos muito satisfeitos com a nova experiência que Forsaken trouxe a Destiny 2. As mudanças nos modos existentes parecem ter sido as mais acertadas e o novo modo de campanha é um dos melhores que temos visto. Com o Raid The Last Wish a chegar já no dia 14 de setembro, teremos de esperar um pouco mais para saber se também aqui a Bungie acertou no que os jogadores sempre esperaram de Destiny 2.
Esta análise foi baseada na versão do jogo para PlayStation 4. Uma cópia foi gentilmente cedida pela PlayStation Portugal.