Call of Duty é uma das franquias do género first-person shooter mais populares e reconhecidas no mundo dos videojogos, com vários estúdios responsáveis por inúmeros spinoffs e expansões, para as mais variadas plataformas. O primeiro jogo da série Call of Duty, com o mesmo nome, lançado em 2003, pela Activision e o estúdio Infinity Ward, na época apenas para o PC, e posteriormente adaptado para as consolas e dispositivos móveis, foi desenvolvido sob o tema da Segunda Guerra Mundial, e contava o avanço da infantaria militar dos exércitos Americano, Britânico e da antiga União Soviética contra as forças Nazis. Desde então, várias edições da saga têm alternando a temática, por vezes com a introdução de cenários mais modernos e até futuristas, como aconteceu em 2016 com Call of Duty: Infinite Warfare.
O sucesso da franquia resultou na criação de vários arcos do universo Call of Duty, com o desenvolvimento de vários jogos sob temáticas distintas. World War II, o arco que deu origem à franquia, incide sob o tema da Segunda Guerra Mundial, enquanto Modern Warfare inclui uma temática mais futurística, e Black Ops, o arco que acompanha uma força especial secreta de soldados especialistas distingue-se dos restantes arcos por incluir títulos referentes a várias épocas. Além destes arcos, Call of Duty também teve versões especificas para consolas e dispositivos móveis.
O arco de Black Ops foi iniciado com o lançamento de Call of Duty: World at War, em 2008, para PC, PlayStation 3, Wii e Xbox 360. Foi o segundo título da saga a ser desenvolvido pelo estúdio da Treyarch e o quinto de toda a saga Call of Duty. Este jogo ficou marcado pelo regresso da história ao cenário da Segunda Guerra Mundial, e serviu também como prequela para Call of Duty: Black Ops, que seria lançado dois anos depois. Foi também nesta edição que surgiu o modo Nazi Zombies, um modo de jogo paralelo que usa as características de Call of Duty, onde 1 a 4 jogadores defrontam, de forma cooperativa, vagas incessantes de zombies. Este modo de jogo foi repetido nas versões futuras da saga, não sendo, no entanto, necessariamente com o tema Nazi.
Call of Duty: Black Ops passa-se no mesmo universo do seu antecessor, e partilha com ele a maioria das personagens e referências na história. Em Black Ops o cenário adianta-se no tempo, acompanhando a história de Alex Mason, um operativo da CIA, durante as épocas da Guerra Fria e Guerra do Vietnam.
Em 2012, Black Ops recebeu uma nova edição com o lançamento de Call of Duty: Black Ops II. Neste jogo são introduzidos, pela primeira vez no universo Black Ops, elementos de guerra modernos, e uma história que percorre duas épocas totalmente distintas, os finais de 1980 e o não tão longínquo ano de 2025. Na década de 80 somos convidados a controlar Alex Mason e Frank Woods, os dois protagonistas de Call of Duty: Black Ops, enquanto no período mais futurista tomamos o controlo de David “Section”, filho de Alex Mason. A campanha de Black Ops II ficou marcada por permitir múltiplos finais.
Call of Duty: Black Ops III foi lançado em 2015 para PC, PlayStation 4 e Xbox One. Os estúdios Beenox e Mercenary Technology produziram uma versão legacy desta edição, especificamente para a PlayStation 3 e Xbox 360, onde apenas estava disponível o modo multiplayer. A história de Black Ops III passa-se 40 anos depois dos eventos de Black Ops II, em 2065. Num mundo que enfrenta as mudanças climáticas e as novas tecnologias, a história segue a linha dos seus antecessores, acompanhando um grupo de soldados da força especial Black Ops. A campanha do jogo foi projetada para suportar até 4 jogadores em modo cooperativo, com um mapa maior e mais aberto. As personagens foram equipadas com melhorias cibernéticas, dando acesso a um maior conjunto de habilidades ofensivas. Uma vez terminadas todas as missões da campanha, era desbloqueado o modo “Nightmare”, onde os jogadores podiam repetir toda a campanha com uma nova narrativa, e alguns inimigos substituídos por zombies.
CALL OF DUTY: BLACK OPS IIII
Call of Duty: Black Ops 4, apresentado como Call of Duty: Black Ops IIII, é o 5º jogo do arco Black Ops e o 15º da franquia Call of Duty. Esta nova edição não tem um modo de campanha tradicional, semelhante às edições anteriores. Black Ops 4 inclui um modo Multiplayer, com dez personagens jogáveis conhecidas por Especialistas (ou Specialists), um modo Zombie com três experiências diferentes, e o novo modo Blackout ao estilo battle royale. O Black Ops Pass, já incluído na versão Digital Deluxe do jogo, dá acesso ao DLC Classified, uma experiência zombie, já disponível desde o lançamento do jogo, além de quatro novos mapas a serem lançados em 2019, doze novos mapas multiplayer, e quatro personagens exclusivas para o modo Blackout. À data desta análise o DLC não pode ser adquirido separadamente, a não ser através da compra do Black Ops Pass. Na nossa opinião, a versão Digital Deluxe compensa o investimento. Não só nos permite desfrutar de todo o potencial do jogo atualmente, como nos dá acesso garantido a todos os conteúdos que futuramente forem lançados, sem custos adicionais.
MULTIPLAYER
Em Black Ops 4, o modo Multiplayer inclui missões para um jogador, que contam a história de cada Especialista. As missões ocorrem cronologicamente entre Black Ops II e III, com alguns dos Especialistas a transitarem de Black Ops III para esta nova edição.
Sendo este um jogo que apresenta três estilos bem vincados, iremos analisá-los de forma separada, mas sem nunca descorar a experiência como um todo, uma vez que em todos eles sentimos a essência característica de um Call of Duty.
O modo Multiplayer de Call of Duty: Black Ops 4 apresenta um fluído sistema de combate exclusivamente terrestre, deixando de parte o deslizar pelas paredes, uma das principais queixas da comunidade em edições anteriores. Este modo apresenta também novos níveis de personalização e jogabilidade tática, novos armamentos, mapas e modos de jogo. Dentro destas novidades, destaca-se o regresso do icónico sistema Pick 10. Inicialmente introduzido no Black Ops II, este sistema fornece ao jogador 10 slots de personalização para a sua personagem, entre armas, equipamentos e habilidades. O sistema de combate também foi melhorado. Agora, com uma série de inovações no controlo das armas, fluxo de combate, regeneração de vida, movimento dos jogadores e o regresso do sistema de ranking League Play.
Para começar a jogar é necessário entrar numa sala de jogo. Aqui encontramos o primeiro problema! A espera para iniciar uma partida pode ser algo demorada, por vezes até maior do que a própria partida, algo que pode ser justificado pela altura em que escrevemos esta análise, em pelo fim de semana de lançamento, quando um enorme volume de jogadores procura experimentar o jogo pela primeira vez. O período de espera deverá, no entanto, melhorar ao longo do tempo, conforme a Activision for alocando os recursos suficientes para a quantidade de jogadores, pelo que iremos esperar um pouco mais antes de tirar conclusões definitivas neste aspeto.
Os gráficos de jogo estão notoriamente superiores ao de Black Ops III, e complementam na perfeição as muitas melhorias na jogabilidade que foram introduzidas nesta edição, e que iremos descrever abaixo.
ARMAS E RECOIL
Pela primeira vez na saga Call of Duty, foi introduzido um sistema de recoil dinâmico para cada arma no jogo. Esta alteração promete recompensar os jogadores que se especializem em armas especificas, uma melhoria que procura agradar tanto a novos jogadores, como a veteranos da saga. A curva de aprendizagem é levemente afetada por esta alteração que também confere algum realismo à jogabilidade. Esta alteração aproxima a jogabilidade de Black Ops 4 à de outros jogos FPS, que apresentam uma forte componente Esports, como é o caso de CS:GO.
As armas de Call of Duty: Black Ops 4 também sofreram alterações, e são ainda mais personalizáveis, tanto visualmente como a nível de utilidade. Agora, existem armas para cada estilo de jogo, algumas mais defensivas, com o objetivo de forçar o recuo inimigo, e outras com foco na aplicação de dano rápido e preciso.
SISTEMA DE CURA
Uma das alterações mais significativas na jogabilidade é a forma como os jogadores recuperam a vida. Já não é possível recuperar a vida de forma automática, como nas edições anteriores. É necessário ativar uma funcionalidade de cura e esperar que esta volte a carregar para a reutilizar. Com este novo sistema é possível apanhar os adversários desprevenidos enquanto se curam, ou escolher o momento ideal para utilizarmos a habilidade.
Tivemos alguma curiosidade em experimentar o seu funcionamento em pleno jogo, o que nos deixou algo intrigados. A nova habilidade de cura permite a qualquer jogador curar-se imediatamente após a ativação da habilidade, mesmo enquanto sofrem dano, o que alguns jogadores da saga Call of Duty não viram com bons olhos. A nossa experiência neste novo sistema de cura permite-nos adiantar que, apesar da nova habilidade não ter sido totalmente aceite pela comunidade, será certamente adotada no futuro, quando os jogadores se habituarem a esta nova mecânica de jogo. Como diz o ditado, “primeiro estranha-se, depois entranha-se”!
SCORE KILLS & DEATHS
O novo sistema de cura torna mais demorada a obtenção de kills e permite que os adversários regressem em plena força passado alguns segundos, depois de se curarem. A adição deste sistema permite novas abordagens táticas, calculando os tempos de ataque com o cooldown para reutilizar a habilidade de cura.
No entanto a dificuldade em obter kills pode não ser muito notada, uma vez que todo o sistema de score foi alterado e assemelha-se agora ao utilizado noutros jogos, como em Destiny 2. As assistências contam agora como Kills, tanto a nível de pontuação final, como para obter itens de apoio. Esta mudança torna os resultados finais um pouco mais gratificantes e provavelmente fará os jogadores mais exigentes conseguirem scores ainda maiores. Se a mudança é algo positivo só o tempo o dirá!
ESPECIALISTAS
As classes especializadas (Especialistas) estão de volta no novo Black Ops 4, com algumas adições à lista de personagens jogáveis e outras já conhecidas de versões anteriores. Entre as novas destacam-se a classe Médica, que é capaz de aumentar a vida dos companheiros de forma temporária, além partilhar munição e equipamentos, e a classe de Recon, que pode detetar os inimigos e partilhar a sua localização com a equipa. Também aqui Black Ops 4 parece ter aprendido algumas lições de outros jogos do género, onde a importância de cada classe numa equipa torna cada partida muito mais interessante, e eleva ainda mais o potencial de Esports do jogo.
No entanto, para poder jogar com a maioria das classes, é necessário realizar missões de treino obrigatórias para cada uma das personagens, algo que serve ao mesmo tempo como introdução ao estilo de jogo único de cada Especialista, além de contar um pouco da história de cada um deles e como se tornaram soldados de elite. Nestas missões, somos também instruídos sobre as forças e fraquezas da classe que escolhemos, e como esta pode ser contrariada.
O movimento dos jogadores também sofreu alterações. A deslocação dos modelos foi melhorada, e apresenta agora animações mais fluidas, que trazem um realismo ainda maior à ação no jogo.
O novo modo multiplayer de Call of Duty: Black Ops 4 é uma aposta ambiciosa por parte da Activision, ao misturar a tradicional ação online, com elementos de história tradicionalmente limitados a uma campanha singleplayer. Os jogos singleplayer não têm os dias contados, mas num mundo cada vez mais online, ter a capacidade de misturar os dois elementos faz todo o sentido. As melhorias na jogabilidade parecem apontadas para uma vertente Esports. Na nossa opinião a aposta deu frutos, e este pode muito bem ser o futuro da grande maioria dos jogos do género.
ZOMBIES
Black Ops 4 também estreou uma nova experiência de Zombies, com três histórias no dia de lançamento: IX, Voyage of Despair e Blood of the Dead, um novo conjunto de personagens, um novo inimigo, jogabilidade profunda e com Easter Eggs que a comunidade certamente irá adorar descobrir. Para quem possuir o Black Ops Pass, também poderá jogar uma quarta experiência zombie, com o DLC Classified.
Cada experiência oferece uma aventura muito diferente das restantes, ao mesmo tempo que apresenta alguma ligação ao universo geral deste modo. IX (o número 9 em escrita romana) e Voyage of Despair são histórias completamente novas, que apresentam quatro personagens que não estiveram presentes nas campanhas de Zombies das edições anteriores, Scarlett Rhodes, Diego Necalli, Bruno Delacroix e Stanton Shaw.
A primeira aventura, IX, leva os nossos heróis numa viagem no tempo para uma arena de gladiadores. Aqui têm de enfrentar hordas de zombies, mutantes e até mesmo tigres zombies.
Em Voyage of Despair, a segunda aventura zombie, podemos encontrar as mesmas personagens que conhecemos enquanto jogámos IX, desta vez a bordo do famoso Titanic, quando este atinge o iceberg. Aqui, eles devem procurar um artefacto misterioso enquanto evitam ser devorados pelos passageiros do navio, agora convertidos em zombies.
A terceira aventura, Blood of the Dead é um remake de Mob of the Dead, o clássico mapa de Zombies de Black Ops II, mas com novas personagens e totalmente melhorado.
O modo Zombie apresenta o seu próprio sistema de progressão, personagens e lore, e é focado exclusivamente em jogo multiplayer cooperativo. O modo Zombies vem equipado com muitas opções, incluindo a capacidade de criar regras personalizadas para cada partida.
Esta é talvez a experiência mais gratificante de Black Ops 4. Descobrir este modo com pessoas aleatórias online, torna fácil perder muitas horas dentro deste modo, e o seu estilo mais casual e cooperativo serve como um refresco para a competição desenfreada dos outros modos.
BLACKOUT
Além do mais tradicional modo Multiplayer e do novo modo Zombies, Call of Duty: Black Ops 4 introduz, nesta edição e pela primeira vez, o modo Blackout. Esta nova experiência, ao estilo Battle Royale, combina o combate rápido e fluido de Black Ops 4, com novos níveis de competição e de sobrevivência numa escala colossal.
O conceito Battle Royale não é novo! O nome tem origem no livro do autor Koushun Takami, publicado em 1999, onde um grupo de adolescentes é colocado numa ilha e forçado a lutar até à morte, num programa promovido pelo governo. Este livro resultou num filme com o mesmo nome, com enorme sucesso mundialmente, embora fortemente criticado na época. No entanto, o que provavelmente fez o género Battle Royale saltar para a ribalta foram os livros e filmes da saga “The Hunger Games”, onde o conceito foi aproveitado para a construção de vários minijogos em Minecraft, trazendo o género Battle Royale para o mundo dos videojogos. Desde então, surgiram vários jogos que utilizam o mesmo género, alguns construídos inteiramente dedicados ao estilo e muitos outros com adaptações dentro do próprio jogo, como é o caso de Call of Duty: Black Ops 4, entre outros.
Blackout é a visão da Activision para o estilo Battle Royale, sem nunca esquecer a jogabilidade e as origens da série Call of Duty. Num mapa que é o maior da saga até ao momento, os jogadores enfrentam-se entre si utilizando personagens já conhecidas de outras edições da série, onde apenas um jogador sobreviverá. Este modo traz também a adição de veículos controláveis e outros gadgets militares que complementam toda a experiência.
A jogabilidade de Blackout pareceu-nos mais polida e fluida do que aquela que conhecemos durante a Beta, o que demonstra a grande importância que o estúdio da Treyarch e a Activison deram a este novo modo.
Quando jogamos um modo Battle Royale é impossível não tecer algumas comparações com alguns dos jogos mais populares do género nos últimos tempos. Black Ops 4 distancia-se de Fortnite ao introduzir veículos e uma jogabilidade menos dependente de artifícios e construções, já para não falar no grafismo que, sendo mais realista, pode agradar a outro tipo de público. Já na comparação a PUBG é de destacar a maior estabilidade, realismo da jogabilidade e todo o legado da saga Call of Duty, que este novo modo Blackout não deixou de dar importância. Alias, são muitas as referências às edições anteriores de Call of Duty, desde as personagens, veículos e até a localizações no mapa, que recriam pontos marcantes de outras histórias.
Apesar das grandes vantagens de Blackout sobre outros jogos do género, não deixa, contudo, de conter as suas falhas, e uma que não nos deixou indiferente foi a possibilidade de espreitar através de paredes utilizando o novo sistema de emotes, que permite a visão na terceira pessoa por alguns segundos, algo que a comunidade já se manifestou e que certamente a Activision terá de dar atenção. À data desta análise, o estúdio Treyarch garantiu que já estão a trabalhar numa solução que irá impedir a utilização deste sistema no modo competitivo.
O sistema de score é bastante simples. Os jogadores recebem pontos por cada Kill, ou por sobreviverem até ao top 15 de cada partida. Não existe para já uma componente evolutiva, além da possibilidade de desbloquear novas personagens, algo que ainda poderá ser alterado.
A aceitação e evolução de Blackout é ainda impossível de determinar, e poderá depender da frequência das atualizações que vier a receber. Uma coisa para já temos a certeza, é um modo extremamente divertido de jogar e apresenta um potencial incrível.
VEREDITO
Call of Duty: Black Ops 4 apresenta-se como um dos melhores jogos FPS recentes que tivemos a oportunidade de jogar, com uma fluidez incrível e uma jogabilidade muito realista, resultado de anos de desenvolvimento, ao longo das várias edições da saga. A ausência de uma campanha tradicional não compromete a apreciação generalizada desta experiência, com muito conteúdo extra para nos manter distraídos por longas horas de jogo. Ainda não existem microtransações e loot boxes, mas o jogo parece estar preparado para recebê-las em breve.
O modo Multiplayer, com 10 personagens jogáveis, oferece uma grande diversidade de opções de jogo, uma vez que cada uma das classes vem equipada com habilidades e funções únicas que complementam um jogo de equipa, algo imprescindível para uma competição completa em Esports. Também favorável à competição foi a introdução do recoil nas armas e o novo sistema de cura. Estas adições obrigam a uma aprendizagem mais demorada para serem completamente dominadas, recompensando quem mais se dedica ao jogo. No entanto, verificámos que ainda existem alguns detalhes que devem ser melhorados, como algum equilíbrio entre as classes de Especialistas. Um exemplo que reparámos foi a utilização do cão da classe Nomad, que nos pareceu demasiado difícil de evitar, ou mesmo impossível.
Esta edição de Call of Duty inclui um modo cooperativo com três experiências Zombie, que adorámos experimentar. Se por vezes o número de zombies nos pareceu algo exagerado, também compreendemos que só assim é possível imprimir ao jogador a emoção e adrenalina desejados. Com cenários muito detalhados e um ambiente verdadeiramente imersivo, este modo só peca por estar limitado a três experiências iniciais, além do DLC Classified. Esperamos ansiosamente pelos DLCs futuros.
A jóia da coroa de Black Ops 4 é a introdução do novo modo Blackout, um modo battle royale muito bem adaptado, onde é fácil ficarmos viciados e perdermos a noção do tempo, pelo menos até sermos eliminados por um jogador mais habilidoso, o que pode acontecer segundos depois de aterrarmos no solo! Blackout inclui veículos terrestres e aéreos, uma adição espantosa que revoluciona o género, conferindo mais dinamismo nas opções e estilos de jogo. Apesar de ainda faltarem algumas correções na jogabilidade, como descrevemos anteriormente, podemos já prever o sucesso deste novo modo. Resta-nos apreciar as táticas que vão ser inventadas pelos peritos quando Blackout chegar à arena dos Esports.
Call of Duty: Black Ops 4 é um jogo impressionante, com detalhes espantosos e uma jogabilidade incrível. A ausência de uma campanha tradicional não é notada. A história continua presente, misturada no lore de cada personagem no modo multiplayer. Esta mudança radical em Call of Duty, permitiu ao estúdio Treyarch dedicar todo o seu esforço na construção de uma experiência multiplayer mais refinada, introduzir mais aventuras zombie e desenvolver um modo de jogo completamente novo (Blackout). O melhor Call of Duty de toda a franquia só pode ser um dos melhores dentro do género FPS, e uma aposta bem conseguida da Activision.
Esta análise foi baseada na versão do jogo para PlayStation 4. Uma cópia foi gentilmente cedida pela PlayStation Portugal.