O Grupo LEGO revelou os resultados de uma pesquisa global que envolveu mais de 61.500 pais e crianças de 5 a 12 anos em 36 países. O estudo mostra que as tendências sociais afetam a confiança criativa das crianças, especialmente das meninas, e que a pressão da perfeição e o vocabulário quotidiano limitam o seu potencial criativo. O objetivo da empresa é mostrar-te como podes, com simples mudanças na tua linguagem, contribuir para um futuro mais feliz para as crianças.
Segundo a pesquisa, muitas meninas perdem a confiança criativa desde os cinco anos. Nessa idade, três quartos (76%) das meninas sentem-se confiantes na sua criatividade, mas essa confiança diminui à medida que crescem e duas em cada três meninas têm medo de partilhar as suas ideias. O perfecionismo e o medo de errar (72%) são os principais obstáculos. Os pais concordam – 71% dizem que, por causa dessas pressões, as meninas evitam desenvolver as suas ideias.
Jennifer Wallace, investigadora de parentalidade formada em Harvard e autora de best-sellers:
“Quando as crianças têm medo de falhar, isso pode dificultar a sua vontade de explorar e pensar fora da caixa. Isto afeta a competência fulcral que é a confiança criativa – que pode transitar para a vida adulta. A confiança criativa é a autoconfiança para gerar ideias, correr riscos e contribuir com soluções únicas sem medo de falhar. Descobriu-se que é uma pedra angular do bem-estar, que aumenta a autoestima, reduzindo o stress e aumentando a felicidade, além de ser, segundo o Fórum Económico Mundial, uma competência valiosa em futuros locais de trabalho. Com mais de três quartos das meninas a aspirarem trabalhar em áreas criativas, isto vem sublinhar a necessidade urgente de mudança.”
Pressão da perfeição e Porque é que a linguagem é importante
A pesquisa também revela que a perfeição e a linguagem quotidiana são fatores que limitam o potencial criativo das crianças. Mais de 3 em cada 5 meninas dizem sentir-se pressionadas pelas mensagens de perfeição da sociedade. Embora esta seja uma preocupação para todas as crianças, tanto os pais como as crianças reconhecem que as meninas enfrentam pressões acrescidas para serem perfeitas e se preocupam mais em cometer erros.
Além disso, a pesquisa evidencia um preconceito social que prejudica mais as meninas, com os pais a notarem uma tendência em que descrições de género são usadas para avaliar os resultados criativos de criadores masculinos e femininos. Por exemplo, a sociedade é cerca de sete vezes mais propensa a usar termos como “doce”, “belo”, “giro” e “bonito” só para as meninas. Por outro lado, termos como “corajoso”, “fixe”, “genial” e “inovador” têm duas vezes mais probabilidade de serem usados só para os meninos.
Os dados indicam também que mais de metade das crianças acham que os adultos ouvem mais as ideias criativas dos meninos do que as das meninas. 68% dos pais concordam que a sociedade valoriza mais os criativos masculinos do que os femininos.
Para ilustrar o efeito da linguagem na confiança criativa das meninas, o Grupo LEGO produziu uma curta-metragem chamada More Than Perfect, na qual as meninas enfrentam dois desafios diferentes e conhecem algumas conclusões da pesquisa global. Ouvimos as reações das meninas e vemos as reações dos pais.
Segundo as próprias meninas, 80% dizem que teriam menos medo de experimentar coisas novas se os erros fossem considerados mais como oportunidades de aprendizagem, oito em cada dez também se sentiriam mais confiantes para mostrar o seu trabalho e valorizariam o progresso em detrimento da perfeição. Nove em cada dez acreditam que a sua confiança seria reforçada se os adultos se concentrassem mais no processo criativo do seu trabalho do que no resultado do mesmo – com 86% a admitirem que isso as faria sentir-se menos preocupadas em cometer erros. Mais concretamente, as meninas dizem que se sentem encorajadas por elogios com foco no crescimento, como “imaginativa”, “corajosa” e “inspiradora”.
Hora de brincar: Há muita diversão à espera!
Brincar é uma forma de autoexpressão, de experimentação, de confiança criativa e de segurança para as crianças. Durante as brincadeiras, as crianças sentem que podem ser elas próprias, sem medo de errar ou de serem julgadas (85%), e mais confiantes em partilhar as suas ideias e trabalho criativo (88%).
O LEGO System in Play é especialmente apreciado pelas meninas como forma de experimentar (90%). Elas dizem que brincar com LEGO as ajuda a superar o medo de errar (82%), a sentir-se mais confiantes nas suas capacidades criativas (91%) e a aprender que o progresso é mais importante do que a perfeição (84%). Os pais concordam e acrescentam que brincar com LEGO ajuda os filhos a olharem para os erros como parte natural do processo criativo. No entanto, 61% dos pais ainda consideram que brincar com LEGO é mais relevante para meninos do que para meninas, apesar de reconhecerem a marca LEGO como um bom exemplo de marca de brinquedos inclusiva.
Sobre o estudo:
- Encomendado pelo Grupo LEGO, realizado pela Edelman DXI
- 36 países, incluindo Austrália + Nova Zelândia, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Quénia, México, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Singapura, Eslováquia, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Suécia, Arábia Saudita, Taiwan, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA.
- Amostra total: 61 532, incluindo 36 000 pais (aprox. 1000 por mercado) e 25 532 crianças 5-12 anos (aprox. 700 por mercado).
- Trabalho de campo: 13.12.2023 a 24.01.2024