Lançado em São Paulo, Brasil, em 2015, com o objetivo de apoiar estudantes inovadores no uso das suas habilidades tecnológicas para resolver desafios sociais e ambientais, o Red Bull Basement tem vindo ao longo dos anos a capacitar jovens criativos no desenvolvimento de ideas que impulsionam mudanças para melhor. A edição de 2021 encontra a derradeira decisão final na Turquia, já no próximo dia 27 de março, onde 44 duplas de empreendedores dos quatro cantos do mundo irão apresentar os seus projetos a um painel de especialistas que determinará a ideia vencedora.
Entre os participantes encontra-se a dupla de alunos do ISCTE Business School, nomeada finalista nacional do Red Bull Basement 2021 com o projeto “How Coffee Grounds Can Help Save The World”, onde propõem dar uma nova vida às borras do café para solucionar o desperdício de matéria orgânica e minimizar o impacto do aquecimento global.
O Red Bull Basement tem como objetivo conectar e inspirar todos os alunos a desafiar construtivamente o status quo e causar impactos positivos, agora e no futuro.
A visão de um mundo melhor e mais sustentável é a grande aposta da dupla portuguesa Diogo Ramos e Sebastião Perestrelo.
“Como é que as borras de café podem ajudar a salvar o mundo?”
Este é o mote do projeto dos dois alunos do mestrado de Gestão de Empresas do ISCTE, que se juntaram para participar na edição deste ano do Red Bull Basement. A sua visão já foi recompensada por uma vitória à escala nacional, mas promete não ficar por aqui. Próximo objetivo: a final global deste concurso de ideias e empreendedorismo.
A ideia de criar uma utilização para as borras de café que normalmente são deitadas ao lixo prendeu a atenção da dupla portuguesa. Aproveitando o conhecimento científico já existente, que atesta a possibilidade de produzir gás natural a partir das borras de café e do metado derretido, Diogo e Sebastião montaram um projeto capaz de impulsionar a economia circular, contribuindo para um caminho mais sustentável e amigo do ambiente.
O projeto foi considerado o melhor entre os inscritos em portugal e são agora um dos 44 finalistas entre as 4.041 em todo o mundo.
Diogo e Sebastião descrevem a sua ideia como sustentabilidade, inovação, futuro e comunidade, e mostram-se confiantes num bom resultado na Final Global.
O projeto inovador foi idealizado pela dupla portuguesa como resultado da procura em encontrar uma solução para o desperdício das borras de café, que invariavelmente terminavam no lixo. Aproveitar esta matéria orgânica como recurso sustentável para a prevenção do aquecimento global, foi a forma que encontraram de contribuir para a preservação do planeta.
As borras de café são já aproveitadas por várias marcas em fertilizantes, produção de cogumelos e até no calçado, mas Diogo e Sebastião adiantam que não existe nenhum produto que tenha o mesmo objetivo que o deles.
A participação no Red Bull Basement permite-lhes uma maior exposição da sua ideia, reconhecendo a importância da iniciativa para o estimulo da criatividade e ajuda na viabilidade de projetos inovadores.
Depois do Red Bull Basement, e independentemente do resultado final, prometem continuar a trabalhar no projeto na perspetiva de o tornar uma realidade.
A final global do Red Bull Basement 2021 acontece de 24 a 27 de março, em Istambul, na Turquia. As equipas participantes participam em workshops, obterão insights e muito mais, até o último dia, quando apresentarão os seus projetos a um painel de especialistas.
Na última edição, o concurso envolveu mais de 3.800 equipas à escala global, acabando a vitória nas mãos da formação britânica Lava Aqua X.
Nas palavras de Paramveer Bhachu, um dos seus fundadores, o impacto real é assinalável:
“Já conseguimos contruir um protótipo, fazer os registos da patente e iniciar as negociações para a sua comercialização.”
Também a equipa austríaca Audvice, outra das finalistas, teve bons motivos para celebrar, ao receber um financiamento de seis dígitos para levar mais além a sua ferramenta de aprendizagem e colaboração.
Em Portugal, o Red Bull Basement foi organizado em parceria com a FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Na final global, os melhores projetos apurados em 44 países vão ser analisados por um painel de especialistas na área das tecnologias e da inovação – com sessões de mentoria que culminam com um “pitch” decisivo.